23 de ago. de 2015

OPINIÓN

Arquitecturas ligadas num plano credível de gestom patrimonial

 Forte de Nossa  Senhora  da  Ínsua (Caminha)
Foto: Infogauda


Juan Badas

 Forte  da  Ínsua, no  sistema Caminha/Ínsua/A Guarda fai o elo de ligaçomentre Portugal e Galiza, resultando pertinente  tal  facto  e  prendendo-se com a realidade dumha  orla  costeira  que arranca  do  Forte  de  S. Tiago da Barra e que continua em Areosa, Paçô, Cão e Lagarteiro.

 Nossa  Senhora  da  Ínsua é exemplo  bastante, e visível, do sucesso a obter na área  dumha futura gestom deste rosário de  velhos  enclaves militares no Alto Minho e na Galiza. Este posto oferece-nos sugerências e também reticências relativamente àquilo que se está a fazer na fortaleza  da Guarda.

 Conjugando-se traços religiosos e de armas alcança-se umha “melange” deveras interessante na interpretaçom deste ilhéu, para além  desse  projecto das Áreas Marinhas, para  além da recente história ligada ao salazarismo. Se os governantes soubessem artelhar umha qualquer síntese na interpretaçom destes sítios todos, atingir-se-ia um novo surto  de  projectos. De certeza.

 Nom parece acontecer da mesma maneira no forte de Sta. Cruz: Utilizar como chamariz, como reclame para a visita, um grupo musical ou a projecçom dum filme, tudo  muito na  moda, nom  garante  que  daqui  para a frente  aumente o número de visitantes. Estes  remédios esporádicos, talvez improvisados, vam criar novos problemas no relativo a lixeiras, sanitários e acessos. Por sinal, a desmatagem feita na  obra externa  de  torrom visa  dar  luz  verde a quê?  Um estacionamento?

 As vezes, essa antropizaçom resulta mais negativa que positiva. Trata-se de  estabilizar um número determinado de  visitantes, por poucos que  sejam. Daí advém o seguinte raciocínio: Forte da Ínsua, mesmo que nom acreditem, tem mais  partidas e chegadas se figermos um cómputo geral de visitas.

 E se falarmos da história de  anteontem? Há semelhanças e contemporaneidade entre as repressons exercidas  na Ínsua e o Colégio dos Jesuítas. E mais, o modelo de palestra-debate  que tem principiado nesta época balnear demonstra às claras a transversalidade de todos estos fenómenos. O problema está na articulaçom num todo desse  calendário chamado cultural. 

Na imagem um dos accesos á Fortaleza de Santa Cruz, en A Guarda (Galiza)
Foto: Infogauda

 Presentemente. Fai-se urgente dar a conhecer às pessoas um modelo de Gestom Patrimonial que comece no Castelo de Sta. Cruz e faga umha roda viva geográfica de proximidade. Isto supom a proximidade conceptual de arquitecturas várias. Somemos este ou aquele forte a palcos  novos  para  a interpretaçom. Insiramos  no  roteiro dessa gestom o esquecido  colégio  jesuítico, tam próximo da  Urban  Exp0loration;  ativemos  um  táxi-Insua  desde a Passagem ou fagamos de Sta. Cruz um local de conferências estáveis e  permanentes. 

“Um  Croco…no  Minho”  desenhou  um  Plano  de Gestom para  o  Castelo de  Sta. Cruz, muito  mais  apurado  do que as  simples  propostas  imaginárias, e tem redigido um estudo do próprio castelo a sublinhar as suas componentes arquitectónicas.

 Respeitando o trabalho de pessoas experientes e sabedoras, resta afirmar a constataçom de erros nos “dossiers” que  falam  de  Sta. Cruz.

 O  actual  executivo socialista deve, e pode, assumir cargas e críticas no intuito de melhorar aquilo que seja passível de ser melhorado. O Centro Interpretativo de  Sta. Cruz deve contar com aliados externos e comlocais externos. No entanto, pormenores em detalhe falam dum curto  percurso funcional deste Centro. A  saída  certa  para este e todos os chamados “paramuseus” é o seu carácter multifacetado, extramuros, a sua ativaçom programática com outros eventos que podam ser encaixados num todo.

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