Arquitecturas ligadas num plano credível de gestom patrimonial
Forte de Nossa Senhora da Ínsua (Caminha)
Foto: Infogauda
Juan Badas
Forte da Ínsua, no sistema Caminha/Ínsua/A Guarda fai o elo de ligaçomentre Portugal e Galiza, resultando pertinente tal facto e prendendo-se com a realidade dumha orla costeira que arranca do Forte de S. Tiago da Barra e que continua em Areosa, Paçô, Cão e Lagarteiro.
Nossa Senhora da Ínsua é exemplo bastante, e visível, do sucesso a obter na área dumha futura gestom deste rosário de velhos enclaves militares no Alto Minho e na Galiza. Este posto oferece-nos sugerências e também reticências relativamente àquilo que se está a fazer na fortaleza da Guarda.
Conjugando-se traços religiosos e de armas alcança-se umha “melange” deveras interessante na interpretaçom deste ilhéu, para além desse projecto das Áreas Marinhas, para além da recente história ligada ao salazarismo. Se os governantes soubessem artelhar umha qualquer síntese na interpretaçom destes sítios todos, atingir-se-ia um novo surto de projectos. De certeza.
Nom parece acontecer da mesma maneira no forte de Sta. Cruz: Utilizar como chamariz, como reclame para a visita, um grupo musical ou a projecçom dum filme, tudo muito na moda, nom garante que daqui para a frente aumente o número de visitantes. Estes remédios esporádicos, talvez improvisados, vam criar novos problemas no relativo a lixeiras, sanitários e acessos. Por sinal, a desmatagem feita na obra externa de torrom visa dar luz verde a quê? Um estacionamento?
As vezes, essa antropizaçom resulta mais negativa que positiva. Trata-se de estabilizar um número determinado de visitantes, por poucos que sejam. Daí advém o seguinte raciocínio: Forte da Ínsua, mesmo que nom acreditem, tem mais partidas e chegadas se figermos um cómputo geral de visitas.
E se falarmos da história de anteontem? Há semelhanças e contemporaneidade entre as repressons exercidas na Ínsua e o Colégio dos Jesuítas. E mais, o modelo de palestra-debate que tem principiado nesta época balnear demonstra às claras a transversalidade de todos estos fenómenos. O problema está na articulaçom num todo desse calendário chamado cultural.
Na imagem um dos accesos á Fortaleza de Santa Cruz, en A Guarda (Galiza)
Foto: Infogauda
Presentemente. Fai-se urgente dar a conhecer às pessoas um modelo de Gestom Patrimonial que comece no Castelo de Sta. Cruz e faga umha roda viva geográfica de proximidade. Isto supom a proximidade conceptual de arquitecturas várias. Somemos este ou aquele forte a palcos novos para a interpretaçom. Insiramos no roteiro dessa gestom o esquecido colégio jesuítico, tam próximo da Urban Exp0loration; ativemos um táxi-Insua desde a Passagem ou fagamos de Sta. Cruz um local de conferências estáveis e permanentes.
“Um Croco…no Minho” desenhou um Plano de Gestom para o Castelo de Sta. Cruz, muito mais apurado do que as simples propostas imaginárias, e tem redigido um estudo do próprio castelo a sublinhar as suas componentes arquitectónicas.
Respeitando o trabalho de pessoas experientes e sabedoras, resta afirmar a constataçom de erros nos “dossiers” que falam de Sta. Cruz.
O actual executivo socialista deve, e pode, assumir cargas e críticas no intuito de melhorar aquilo que seja passível de ser melhorado. O Centro Interpretativo de Sta. Cruz deve contar com aliados externos e comlocais externos. No entanto, pormenores em detalhe falam dum curto percurso funcional deste Centro. A saída certa para este e todos os chamados “paramuseus” é o seu carácter multifacetado, extramuros, a sua ativaçom programática com outros eventos que podam ser encaixados num todo.
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