22 de abr. de 2017

A GUARDA

PATRIMONIO

Alguns interrogantes colocados relativamente às fortificações




ENCONTROS  POLIORCETICOS   

 Encontros Poliorcéticos é testemunha do interesse crescente que suscita a temática das fortificações no Baixo Minho. Isso é bom sinal e prova dada de que há muito trabalho pela frente; trabalho que abrange todas as camadas sociais, muitos estamentos e instituições e as necessárias premências a implementar en quanto à preservação e conservação legal dos enclaves. Em toda a Europa a palavra FORTIFICAÇÂO  inspira sentimentos de respeito e comparticipação, acções comuns e História compartilhada. 

 A saudação positiva de iniciativas de toda natureza que visem valorizar estes conjuntos ligados ao Turismo Militar, não impede de tecer uma crítica necessária acerca do rumo que algumas delas estão a tomar. Por exemplo, as dotadas de sesgo ideológico, as carentes de natureza poliorcética ou as sujeitas a servidões urbanísticas. De entre elas, salientar essa negativa evolução que está a registar a Fortaleza de Sta. Cruz quanto ao seu definitivo andamento (mais de 9 meses de autêntico estancamento sazonal) bem como a sua falta de projeto de gestão. A sazonalidade converteu-se no seu grande inimigo, para além da sua errada inclusão na chamada Rede de Museus, medida que resulta aliás perfeitamente descambada. 


 Encontros Poliorcéticos acha que a História não tem ideologia. Mesmo mais além das crónicas oficiais, sempre há uma verdade a salvaguardar, a dos factos. Os factos não têm cor política, nem  podem ser interpretados ligeiramente. Os factos não viram de casaca, nem piscam os olhos a um ou outro bando. Xoan Fernández Carneiro suspreendeu muitos com o seu trabalho sobre os Conflictos Bélicos (até aos mais embrenhados), mas não existe nemhum protogaleguismo na Guerra de Aclamação portuguesa, diga-se de passagem. No entanto, folgamos em saber da sua atividade e das suas palestras. 

 Os supostos poliorcéticos são um “sine qua nom”, uma amálgama unificadora sem fissuras. Os suplementos ou aditivos de natureza cultural tem que ver-se sujeitos aos passos indicadores do Turismo Militar, sobrados de conteúdos e argumentos. Há muitas maneiras de distorcer um emprazamento militar ao longo dos anos (castração espacial, normativas urbanísticas, simbiose com “emplastros” culturais,…). Mais ainda, se não sentindo preceitos inócuos, neutrais; se não respeitando assim a envolvência da História.

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