22 de nov. de 2017

ARCOS DE VALDEVEZ

Bienal “D’ART VEZ 2017”abre com participação record de artistas e entusiastas da Arte

Patente até 28 de janeiro de 2018, a D’Art Vez congrega diversos trabalhos escultóricos, pintura e instalações de vários artistas nacionais e internacionais 


María Joâo Brito / Arcos de Valdevez   

 O passado sábado, dia 18 de novembro, foi um dia em cheio para as Artes, em Arcos de Valdevez, com a inauguração da Bienal de Artes “D’Art Vez”. A inauguração desta mostra, que este ano reúne cerca de 90 artistas plásticos, naquela que é uma das mais antigas bienais de Arte do Alto-Minho, realizada há já 40 anos nesta vila, contou também com uma homenagem do município a um dos maiores vultos artísticos portugueses da segunda metade do século XX, o escultor e pintor José Rodrigues, falecido em setembro do ano passado. Este tributo especial da edição 2017 da bienal de Arcos de Valdevez é, em simultâneo, o reconhecimento do concelho pela sua importância nacional, mas também pelo facto de José Rodrigues ter materializado em território arcuense diversos trabalhos escultóricos, com destaque para o monumento equestre dedicado ao Recontro de Valdevez de 1141, colocado em pleno Campo do Trasladário, considerado como uma das suas melhores realizações e uma verdadeira referência da escultura em bronze do século passado; mas José Rodrigues assinou igualmente uma escultura de grande proporção, colocada numa das rotundas principais de acesso à vila, dedicada à figura de Manuel Himalaya, figura maior da ciência e da ecologia portuguesa, nascido em Arcos de Valdevez nos finais do século XIX, entre outras realizações, como o busto parietal dedicado ao escritor Tomaz de Figueiredo, localizado na biblioteca local. 

 Foi com emoção que a porta-voz da família de José Rodrigues, e uma das suas filhas, Ágata Rodrigues agradeceu, em seu nome, das suas irmãs e da sua mãe Deolinda Rodrigues, também presente, o gesto e o carinho demonstrados pela Câmara Municipal arcuense, na pessoa do seu Presidente João Manuel Esteves, afirmando ser uma honra que uma das obras mais significativas do artista, uma imponente escultura em bronze denominada “Anja” que ocupa o centro do espaço expositivo, integre esta mostra cultural, que reúne artistas de vários géneros e enaltece a Arte. 


 O Presidente da Câmara Municipal fez questão de frisar o seu contentamento por ver o foyer da Casa das Artes completamente repleto, um forte indício do interesse que as pessoas continuam a ter pela Arte e pela Cultura. O autarca também não deixou de frisar a importância da marca que o escultor José Rodrigues deixou no concelho e a importância da sua obra para a vida presente e futura de todos os arcuenses; dirigiu também palavras aos mais pequenos, alunos dos Jardins de Infância do concelho, que também têm expostos alguns dos trabalhos realizados no âmbito da Oficina da Casa das Artes, dinamizada pelo artista e coordenador da D’Art Vez António Aguiar, uma forma de envolver e fazer com que as crianças ganhem gosto e interesse pelas Artes plásticas, bem como de garantir um futuro promissor e a continuidade destas manifestações pessoais e artísticas. A abertura contou também com a entrega dos prémios aos vencedores do concurso “Cria um Ex-Libris- Amândio César”, uma iniciativa da Casa das Artes/ Biblioteca Municipal, que contou com a colaboração da Academia Portuguesa de Ex-Libris e do Grupo de Artes Visuais do Agrupamento de Escolas de Valdevez. 

 Patente até 28 de janeiro de 2018, a D’Art Vez congrega diversos trabalhos escultóricos, pintura e instalações de vários artistas nacionais e internacionais de diferentes gerações, sendo um encontro informal de sensibilidades e opções artísticas. Este ano a mostra estará dispersa pela Casa das Artes arcuense, pelo Atelier Queiroza e pela Capela da Praça, edifício do século XIV, numa dinâmica expositiva inovadora e original. O evento conta igualmente com diversos momentos programáticos durante os dois meses de exibição, como visitas de grupos escolares e seniores, tendo contado na noite de abertura com um excelente concerto do projeto Lizard Band, com apresentação do seu primeiro álbum intitulado "Remember", uma homenagem à música dos anos 60; o projeto é liderado, e cantado, pela arcuense Adelaide Lagarto. 

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