23 de xan. de 2017

VILA NOVA DE CERVEIRA

Surpresas nos Encontros Poliorcéticos 

.  Rebeca Blanco Rotea expujo a sua nova tese, pela qual na margen esquerda do Minho sente-se o Património Militar dumha maneira e na margen direita, galega, de outra.
Fotografías: E.P.

ENCONTROS  POLIORCETICOS

 Durante quase duas horas, reunimo-nos em novos Encontros Poliorcéticos. Com o  apoio  da Vereadora de Cultura Dª. Aurora Viaes e a  presença do Concelheiro de Património guardês, Sr. Javier Crespo, o acto tivo três formatos, o audiovisual, a comunicaçom e o debate, este último bem interessante por sinal. Lá trançarom-se problemáticas comuns e gerais, aludindo-se a umha evidente descoordenaçom entre os concelhos, a um real ensimesmamento e às soluçons a implementar.  

 Dª.  Rebeca Blanco Rotea expujo a sua nova tese, pela qual na margen esquerda do Minho sente-se o Património Militar dumha maneira e na margen direita, galega, de outra. Essa referência à foguetada de Sam Sebastiám cerveirense, visível desde Goiám, fai alusom à comemoraçom dumha vitória lusa que revela-se derrota na outra margen. Esse binomio mantivo-se durante séculos e ajudou a nom saber entender outras interpretaçons, como a da própria pertença a um espaço comum. Impujeram-se as dissemelhanças por interesses espúrios e políticos. A Doutora Rebeca Blanco Rotea lamentava assim mesmo que as reabilitaçons feitas nos últimos anos no Património Militar nom garantirom a afluência regular a estes sítios. Torna a crescer a mata nestes enclaves por puro e simples desleixo. Por outras palavras, o Exército em Portugal nutre-se de conciência cívica e histórica, mimando e acarinhando o seu expólio castrense na maior parte dos casos. Espanha é já outro problema. 
  

 D. José Buiza Badás fijo umha leitura do Forte de Sta. María da Insua, das suas componentes arquitetónicas e do Plano portugués REVIVE, colocando questons sobre a sua viabilidade, concessons a privados e liberdade de movimentos dos visitantes nessa modalidade da Concessom. Expujo casos onde o turista até é vigiado e visto como um sujeito a dar “dinheirinho”. Finalmente, opujo-se à partida a que o Estado tenha que recorrer a estas soluçons, embora poda haver casos de sucesso. Lamentavelmente, os grupos privados negam de algumha maneira a participaçom direta dos vizinhos geográficamente mais próximos desses pontos patrimoniais, neste caso dos caminhenses.  

 Houbo alusons à Bateria da Mata ou Atalaia de Lovelhe, precisada dumha urgente reabilitaçom.  Esta torre tem relaçom direta com a velha Atalaia guardense, nom só morfológicamente, dado importantíssimo, também desde o ponto de vista da interpretaçom cronológica. A torre de Lovelhe nom recua os seus  balcons-matacans a tempos fernandinos porque há-os na guerra de  Restauraçom. Aliás, a bateria  portuguesa da Guarda tinha escadas de um só lanço, expressando este pormenor umha coincidência no tempo. 

 Da mesma maneira, pediu-se a revisom arqueológica da Cerca Seiscentista de Vilanova de Cerveira no sentido de libertar umha  das faces do Baluarte de Sám Miguel, na Rúa do Forte, hoje ocupada por casas adossadas. Resumidamente, forom uns Encontros surpresivos, reveladores e promissórios, dado que tocarom-se questons sensíveis que propiciarom pros e contras. Encontros Poliorcéticos continuarám com os seus ciclos de palestras.

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