16 de mar. de 2017

ESTÁS (TOMIÑO)

Momento atual do Castelo dos Medos


 ENCONTROS  POLIORCETICOS 

 Encontros Poliorcéticos tem solicitado informação à vereadoria de Património do Concelho de Tominho acerca da situação presente do enclave militar. Referem-se os possíveis avanços ou recuos que possam ter-se  registado nos últimos 11 anos, aquando anunciara-se de modo pomposo uma recuperação que não tem sido tal. 


 Este grande forte terreiro, o maior de quantos foram construidos na Guerra de Restauração, evidencia de facto, na prática, as mesmas patologias de anos atrás, derivadas da concentração parcelar, caminhos de terra batida, cobrição de fossos, arvoredo e silvado esparso, desfiguração de linhas e tracejados murários, culturas de kiwi, farpas e arames, construções antiestéticas na envolvente, antiescalas,… 

 Embora figure nas Normas Subsidiarias Provinciais e no Catálogo de Planeamento Municipal de Tominho como bem inventariado, tal como no PXOM, tem no entanto recebido um tratamento insuficiente e epidérmico quanto o seu cuidado material e preservação. Embora tenha sido alvo de alguma consideração no  passado evento concelhio de “Tomiño Único”, Agosto de 2016, este forte em torróm fica “Ao deus dará”, tal como o de Amorim ou aquele malogrado, gorado, Forte da Nossa Senhora da Conceição. Ou As Chagas,... 


 É a sina que acompanha a estes fortes de campanha, tidos como secundários, postos de parte no corredor da extinção. Porém, a história das Raias húmida e seca não pode ir dissociada destes enclaves, fundamentais á hora de reconhecer histórias locais e factos bélicos da maior importância. Já aponta Fernández Carneiro, “Perico”, para isso, desvendando esses fortes e redutos dos limites secos, como os de Desteriz, Chan de Castro, o sítio da Costa, os da Ponte das Várzeas, no limes ourensão.  

 Há-os em todo o lado, não muito numerosos mas presentes e agochados. Estão na Padrenda, mas também em Terra de Verim, reaparecedendo em forma de parapeitos, trincheiras e baterias, de diversa utilidade, acompanhando postos de maior e melhor porte, jogando o seu papel estratégico ao longo dos tempos, atrevendo-se a incorporar a pedra de alvenaria nalguns dos casos (Forte das Batarias, Bateria da Achada, já mais ao Sul, Proença-a-Nova, aquando a Guerra dos Sete Anos, 1756-63). Também, nas Linhas de Torres, com pretensões de durabilidade e inserindo nas suas estruturas a pedra  calcária. 

 São esses 80.000m2 quadrados de Medos pura virtualidade?

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