4 de maio de 2018

VALENÇA DO MINHO

PATRIMONIO

Conceitos chave na candidatura de Valença do Minho a Património da Unesco  

(5ª  parte)  

ENCONTROS   POLIORCÉTICOS / Valença do Minho

 O que é que seria Valença do Minho sem as suas guaritas? Este verdadeiro ícone da cidade e de todas as fortalezas de Portugal, contracenando valores de fronteira e assentando em época Moderna todas as valências do Tratado de Alcañices de 1297; carimbando assim novamente as cartografias de Duarte de Armas e de Alvares Seco?. As guaritas ou “échauguettes”, como olhos desta praça de armas valenciana, afirmam o “estou-te aver...” desafiante. Essa autêntica paragem no tempo que, para além de feiras e eventos, nos conduz a um cenário prístino de referências francesas. 


 Assentes  e isentas em locais estratégicos (saintes e engras), já em tempos de Lescolles seguiam programas de aparato. Feitas em cantaria e prova exponencial de obra militar propositada, o seu ornato barroco era complementar da sua inegável funcionalidade. Subdivididas em Base, Corpo e Cupulim (ou Lâmpada, Corpo e Coroa), expressam-se em peças de pre-cálculo e montagem regularizada. 













 Em Valença, as bases, lâmpadas ou lampetas têm duas molduras concêntricas e facetadas, com continuidade em corpo e coroa, afirmando um prisma hexagonal. No corpo, cada um dos seus lados mede 0,85 metros de largura, tendo este segmento uma altura de 1,60 metros até uma cornija plana de listel largo. Os silhares do corpo registam um grosor de 0,18 metros. A coroa tem uma altura interior de 0,60 metros, sendo que no exterior plinto e bola podem atingir, como subsegmento, um comprimento em vertical de 0,80 - 0,90 metros. As 12 peças curvas que enformam ese cupulim interno, montadas e de pre-cálculo, devem soster o peso do embolado. Quatro janelas retangulares, com lado menor como base e decorrentes da juncâo de dois silhares em cada, aparecem no corpo. Cada uma  delas afigura  um  amochetado consistente em dois telares e a própria mocheta. O acesso destas guaritas está chanfrado, sem sublinhar apótema relativamente à linha de cunhais, antes bem realçando as arestas do prisma hexagonal. (Pesquisa feita na zona da Porta do Sol).   

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